No artigo: Como incluir? O debate sobre o preconceito e o estigma na atualidade*, a autora Flávia Schilling sob orientação da professora Sandra Galdino Miyashiro da Universidade de São Paulo aborda o tema “inclusão”, numa perspectiva de inclusão social de forma ampla abrangendo, todos os indivíduos que apresentam algum tipo de necessidade educacional especial, incluindo: crianças e jovens com condições físicas, intelectuais, sociais, sensoriais diferenciadas, ou moradores de rua, ou grupos desfavorecidos ou marginalizados dentre outros.
Baseado neste contexto a autora destaca que as políticas voltadas à inclusão, em vários momentos históricos, tiveram diferentes focos, voltados primeiramente à definição de anormalidade, intitulando de, “diferente”, os indivíduos que possuem algum tipo de necessidade, considerados hoje como especiais, a escola por sua vez, tinha o papel fundamental de detectar esses indivíduos e os transformar de certa forma em pessoas normais. Porém a inclusão social atualmente passou a abranger muito mais que os indivíduos deficientes em termos, cognitivos, motores ou perceptivos, hoje é proposto a inclusão de todos os indivíduos que apresentem ou possam vir a apresentar uma necessidade educacional especial.
Neste artigo a autora partindo de uma pesquisa, realizada com jovens que tiveram ou tinham, na ocasião, um de seus progenitores encarcerados, iniciou um debate acadêmico em torno da política de inclusão, confirmando ou mostrando suas limitações, contextualizando que, os filhos dos (ex)presidiário acabam levando consigo o estigma e o preconceito, de uma sociedade que os vê como futuros infratores, apenas por ter o pai ou mãe na prisão, e chama a atenção sobre as necessidades educacionais especiais, em relação a esse grupo social.
www.scielo.br/pdf/ep/v34n2/03.pdf
Ótima publicação!!! Esse tema é interessante pois o preconceito presente na sociedade influencia a vida acadêmica de muitos e deve ser trabalhado na escola para preparar todos que estão envolvidos com a inclusão, como porteiros, alunos, professores, secretários.
ResponderExcluirSusana muito interessante esse artigo que você comentou. Temos a tendência de incluir nos especiais ou "diferentes" aqueles que possuem alguma deficiencia mental e/ou física. Já começamos errados ao colocá-los em um grupo fechado, e ainda pecamos quando esquecemos que existem muitas crianças que são oprimidas e estigmatizadas por questões financeiras e/ou sociais. A inclusão escolar só é uma faceta da inclusão social, temos que nos apossar (profissionais e pessoas que defendem a inclusão) de todos espaços que permeiam a sociedade, para de fato, defendermos a inclusão real.
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